Foste a ansiedade, a vontade de me deixar conhecer por alguém. Foste a
magia, as borboletas no estomâgo, o entusiamo, a excitação, o querer sempre
mais, os fins-de-semana na cama, o querer mais, o querer ser melhor. Foste
mesmo, ou só na minha imaginação?
Mas tenho medo de quem fala com frases demasiado bonitas. A beleza não
pode ficar-se apenas pelas palavras. Nós somos as nossas acções. Tu és o que
fizeste de mim. És o que as tuas acções não me deixam esquecer. És a raiva, a
dor e o vazio. És a frieza quando devias ter estado mais perto do que nunca. És
as metades que deixaste por dizer. O egoísmo que pedia sempre mais. És a
reserva quando pedias que esquecesse o orgulho. És o perdão que não mostra
arrependimento. És hoje uma coisa e amanhã outra quando perdes certezas. És o
quê? És quem? Conheço-te?
Tu és as palavras eu sou a música, disseste-me tu um dia.
A música parou de tocar; as palavras
esgotaram-se há muito. E agora, o que vai ser de nós? Nada.
6/Setembro/2012; 5/Agosto/2013; 18/Janeiro/2013
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